[Continuando...2/2]
Pra finalizar nossa semana, mais algumas lições de vida que "O Lobo de Wall Street" nos ensina ao longo de suas 3 horas de filme nada cansativas. Envolvente e perturbador ao mesmo tempo, uma história real sobre excessos e suas consequências. Vejam comigo!
- Título: O Lobo de Wall Street (Original: "The Wolf Of Wall Street")
- Ano: 2013
- Gênero: Drama
Sinopse: Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer. [fonte]
Trailer:
Opinião: "O Lobo de Wall Street" nunca havia me chamado a atenção, na realidade...desde o seu lançamento. Este é um daqueles casos que você ouve TANTO as pessoas falarem a respeito, que dá vontade de ver o filme apenas pra saber se é realmente tudo aquilo que dizem. Já me decepcionei diversas vezes em situações como essas, em que filmes são exaltados como divindades cinematográficas e eu simplesmente não consigo ver nada demais, mas como sou brasileira, me dei outra chance de conhecer um filme que pra mim não tinha grande coisa. E eis que aconteceu o que eu adoro: descobri que sim, tinha muita coisa boa ali!
Indo aos fatos, "O Lobo de Wall Street" teve seu roteiro baseado no livro de mesmo nome, que é na verdade uma auto-biografia de Jordan Belfort, papel interpretado no longa por Leonardo DiCaprio. Não, não se trata de nenhuma celebridade ou nome conhecido da mídia, mas ele tinha uma história muito intensa, de sua própria vida, pra compartilhar com o mundo e mostrar como isso pode servir de espelho para outras pessoas.
No filme, vemos Jordan como um jovem recém-casado de origem humilde, mas bastante ambicioso e com o sonho de se tornar rico, essa é sua meta de vida. Focando nisso, resolve que quer ser corretor de valores em Wall Street, que é nada menos que a rua onde temos praticamente todo o centro econômico dos Estados Unidos, incluindo a Bolsa de Valores, que serve de base para a economia de vários países ao redor do mundo. Consegue entrar numa corretora de renome no ramo das ações como uma espécie de estagiário e tem como mentor seu chefe Mark Hanna (o excelente Matthew McConaughey, que arrasa mesmo aparecendo apenas em duas ou três cenas e tem grande importância pro andamento do enredo). Mark ensina a Jordan que ele apenas terá sucesso se estiver focado completamente no seu objetivo e estar sempre relaxado e livre das demais preocupações do dia-a-dia, e mostra que para isso é usuário frequente de cocaína e de serviços de prostitutas. Para "absorver" o estilo de vida que fez seu chefe tão poderoso no ramo, ele segue as indicações e se inicia no submundo das "diversões ilícitas", acompanhando Mark em casas noturnas e experimentando drogas. Depois de seis meses de trabalho, é finalmente promovido a corretor de valores, mas em seu primeiro dia na nova função a empresa é vítima da "Segunda-feira Negra", algo que desestabilizou completamente a economia como na época da Quebra da Bolsa de 1929. Diante disso, a empresa em que trabalhava fechou e sua esposa acaba encontrando uma vaga como corretor numa pequena empresa de qualidade duvidosa que vendia ações por centavos a trabalhadores comuns, mas com seu talento nato para negociação, lábia e ambição, Jordan logo se destacou e rapidamente começou a render milhares de dólares para a empresa, chegando a ganhar por mês o que muitos ganhavam por ano. Pouco tempo depois ele é abordado por um vizinho que pergunta qual o seu trabalho, pois vê seu estilo de vida, carros e casa, e fica espantado com o que Jordan lhe diz e quanto poderia ganhar por mês. O tal vizinho, Donnie, larga o emprego no mesmo dia pra se juntar à Jordan como corretor. Dois anos após sua chegada a Wall Street, Jordan acha que pode ser a ganhar ainda mais, então decide abrir sua própria corretora junto a Donnie e mais alguns amigos pouco ortodoxos. O que começou como uma garagem alugada num bairro afastado com meia dúzia de funcionários foi crescendo rapidamente devido à sua habilidade e talento para venda de qualquer ação, fosse ela valiosa ou medíocre, e fazia questão de ensinar a cada funcionário como ser igual a ele, com a promessa de deixar cada um deles rico como ele um dia desejou. Essa empresa cresceu e se tornou a grandiosa Stratton Oakmont em Wall Street, com centenas de funcionários e filiais espalhadas pelo país. Em poucos anos, Jordan chegou ao ápice da sua vida financeira, ganhando dinheiro mais do que ele e seus sócios tinham condições de gastar, tanto pelo método correto de arrecadação quanto por falcatruas, golpes e lavagens de dinheiro que começaram a aplicar assim que souberam quantos milhões a mais isso renderia a eles. O filme, além de focar na carreira de Jordan, coloca uma visão especial do expectador sobre como todo esse dinheiro e sucesso afetou não só a ele, como também a Donnie e seus amigos de empreendimento, essa é a parte mais impactante do filme.
Assim que começa a faturar como nunca imaginou, Jordan esbanja comprando carros de luxo, mansões, barcos, casas na praia, começa a dar festas com tudo à vontade para todos os seus convidados e também intensificou muito mais o seu consumo de drogas, adquirindo diversos tipos diferentes, e continuou sua vida de farra com prostitutas, noitadas e muitas loucuras. Ele chega a dizer em determinado momento que toda a droga que consumia durante apenas um dia era capaz de durar meses nas mãos de outras pessoas. E sim, tudo isso é mostrado. Acho que não é qualquer um que conseguiria assistir tranquilamente este filme, já que ele mostra de forma bem crua a vida louca e completamente desregrada de Jordan e seus amigos, tendo incontáveis cenas de sexo explícito, consumo de drogas, prostituição, uso de vocabulário de baixo calão e retrata diversas cenas de loucura, que são realmente bem pesadas, como algumas em que é mostrada a reação das drogas no comportamento e coordenação motora dos personagens...chega a ser desconcertante e chocante. Uma curiosidade sobre o filme é ele ter batido o recorde de pronunciamento da palavra "fuck", chega a ser mais de 500 vezes.
Eu mal sei como me expressar pra descrever tudo que vi nesse filme. É uma loucura tão grande, dinheiro ganho de forma incontável e gasto quase na mesma velocidade em coisas tão supérfluas e erradas que chega a chocar os olhos. Parece que tudo aquilo não tem limite e vemos que em algumas circunstâncias algo poderia ter matado qualquer um deles, mas por sorte ou pelo destino isso não aconteceu. Eu disse no início que este filme se tratava de aprender lições, porque vemos todas as ações dos personagens tendo reações e consequências, sobre como saber quando parar, saber o que é correto, o que deve ser feito, o que se colhe quando se está sob efeito de drogas e álcool, ver que tudo que você faz de errado se volta SIM contra você, a consciência sobre o que é ter limites e ter uma vida saudável consigo e com a sociedade. Vemos que todo o excesso, bom ou ruim, pesa para o lado negativo e corrompe as pessoas. Vemos que pessoas que chegam ao topo sem humildade e coerência acabam menosprezando os outros, humilhando e passando por cima dos bons princípios. Vemos que uma pessoa pode ir do paraíso ao inferno em questão de segundos, isso apenas depende de suas atitudes.
Apesar de ser um filme longo, pesado e de certa forma meio tóxico, achei incrível! E o motivo é simples...ele escancara todas as ações negativas que podemos ter numa posição de sucesso ou mesmo de vantagem sobre os outros e nos ensina o quanto isso pode nos trazer coisas terríveis pra vida se não soubermos administrar tudo isso e aplicar da forma correta. Os grandes exemplos do filme são o dinheiro e o poder, mas podemos substituir por outras coisas da nossa vida.
Depois de ter aprendido a lição da forma mais amarga, hoje em dia Jordan Belfort ganha a vida ministrando seminários sobre como atingir o sucesso profissional e já mudou a vida de milhares de pessoas. Finalmente ele escolheu usar seu talento da forma positiva e isso tem lhe trazido benefícios aos montes.
E tem ainda muita coisa no meio dessa história, viu! Então eu recomendo que todos aqueles que não viram, façam isso pra ontem! Vocês vão se surpreender com muita coisa.
Eu sei que hoje os textos foram longos, mas eu realmente amei esses filmes e tinha muito a falar sobre eles. Me peguei pensando de verdade sobre várias coisas da vida depois de assistir cada um deles...é tão bom quando um filme ou livro fazem isso com a gente, não acham?
Aos que sobreviveram, obrigada pela companhia!
Semana que vem tem sempre mais, voltem sempre!
Até a próxima e tchaaaaau ;)
Na minha opinião DiCaprio tem tantos bons filmes, mas esse ressalta sobre os demais, gosto muito do ator e a sua atuação é majestosa. O ator é um dos meus preferidos. Adorei como fizeram a historia por que não tem nenhuma cena entediante. Adoro os projetos aonde ele participa. DiCarpio y McConaughey são uma mistura perfeita. Esta historia é muito interessante, eu gosto muito deste tipo de roteiro, te mantém no suspense até o final. Seguramente o êxito de Matthew McConaughey filmes e programas de tv deve-se a auas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Este ator nos deixa outro projeto de qualidade, de todas as suas filmografias essa é a que eu mais gostei, acho que deve ser a grande variedade de talentos. É uma produção espetacular, desfrutei muito. A historia está bem estruturada, o final é o melhor.
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