quarta-feira, 13 de julho de 2016

#ProjetoBlockbuster [Semana #16] - Um Corpo Que Cai





[Continuando...2/2]

E aí, prontos para mais um Hitchcock?
Pra completar nossa duplinha do mestre do suspense, este que é considerado por muitos não apenas o melhor filme do diretor, como também de toda a história do cinema.
Se eu concordo ou não, vocês saberão aqui embaixo!



  • Título: Um Corpo Que Cai (Original: "Vertigo")
  • Ano: 1958
  • Gênero: Suspense / Drama





Sinopse: Em São Francisco, o detetive aposentado John 'Scottie' Ferguson (James Stewart) sofre de um terrível medo de alturas. Certo dia, encontra com um antigo conhecido, dos tempos de faculdade, que pede que ele siga sua esposa, Madeleine Elster (Kim Novak). John aceita a tarefa e fica encarregado da mulher, seguindo-a por toda a cidade. Ela demonstra uma estranha atração por lugares altos, levando o detetive a enfrentar seus piores medos. Ele começa a acreditar que a mulher é louca, com possíveis tendências suicidas, quando algo estranho acontece nesta missão. [fonte]



Trailer:





Opinião: Certo. Esse negócio de "melhor do mundo" é muito complexo, não acham? Posso não ser uma especialista em cinema, como realmente não sou, mas tenho vários filmes na categoria "favoritos da vida" que eu dificilmente conseguiria escolher apenas um. Acho essas listas tanto da internet quanto de especialistas uma coisa muito relativa, pois um único filme nunca será unânime, cada um possui suas característica que considera favoritas pra gostar mais ou menos de algo, não apenas filmes. Mas já estou viajando. O fato é que "Um Corpo Que Cai" é considerado por uma multidão de pessoas como o melhor filme já feito no história, concorrendo lado a lado com "Cidadão Kane" (que está na nossa lista do Projeto...em breve teremos resenha dele!).
A grande questão é que, já vou adiantando, eu não achei tudo isso. Pronto, falei. Mas vou me justificar.
John é um detetive que se aposentou por conta de sua acrofobia (medo de alturas), que resultou na morte de um companheiro da polícia. Dias depois, ele recebe o telefonema de um antigo amigo da escola que pede para encontrar-se com ele e lhe oferece um serviço de detetive particular, pois precisa que alguém vigie sua esposa, Madeleine, que em sofrido com uma espécie de transe que a faz vagar sem direção e depois não sabe onde esteve. Após muita recusa de John e insistência de seu amigo, ele aceita o trabalho e começa a seguir a moça, que sai todos os dias de carro e percorre vários quilômetros. Madeleine visita igrejas, lápides, se hospeda em hotéis e passa tardes admirando uma antiga pintura de um museu. Ao passar as informações ao marido, este lhe conta que a esposa está sofrendo com uma espécie manipulação causada pelo espírito de sua bisavó, a mesma que é retratada na tal pintura do museu. Segundo ele, isto causa uma série de devaneios e uma tendência da esposa ao suicídio, como fez sua bisavó quando tinha a mesma idade de Madeleine. Enquanto a seguia um dia, John acaba lhe salvando a vida de uma tentativa de afogamento, a leva para casa para tomar alguns cuidados e os dois começam uma espécie de amizade por conta da gratidão da moça. Acontece que nisso os dois acabam se apaixonando...pois é. E agora mais próximo de Madeleine como nunca, John a acompanha a todo lugar e tenta ajudá-la a desvendar esse mistério e a quebrar de vez esta ligação espiritual. Até que algo terrível acontece.
As partes seguintes são cruciais para todo o desfecho do filme, então vou parar por aqui, apesar de querer contar mais para poder basear minhas justificativas. Mas vamos lá.
O filme começa bem, mostrando todo o início do trauma de John com a acrofobia, a ajuda de uma amiga para encorajá-lo a melhorar e etc. Até que aparece a oferta do antigo amigo e eu fiquei curiosa sobre como Hitchcock daria andamento à temática do mundo espiritual, coisa que eu não sabia que fazia parte do enredo do filme. Confesso que achei interessante e estava ansiosa a cada minuto para tentar encaixar as peças que levariam a uma solução do caso e cura de Madeleine e até mesmo da acrofobia de John. E tudo estava indo bem, até que ele a salva e a leva desacordada para seu apartamento, onde ela acorda docemente e nem se preocupa em estar na casa de um estranho. No dia seguinte ela volta para lhe agradecer e os dois já saem juntos para passear. "Alôôu...e o seu trabalho discreto de segui-la?". Esqueça. Os dois no mesmo dia se apaixonam e trocam juras de amor eterno...onde isso existe??? Achei exagerado. E onde está aquele senso moral de estar traindo o amigo que confiou no seu trabalho? Simplesmente desapareceu, assim como o retorno a este sobre as investigações. A reviravolta do filme é interessante, me pegou totalmente desprevenida e eu achei que aí sim teríamos algo espetacular para o final, mas com o passar dos acontecimentos, algo que deixou infeliz de novo. Sabe a típica mocinha boba que não enxerga a maldade a um palmo do seu nariz e que se lasca no final? Pronto, chegamos nisso. E eu simplesmente detesto ver mocinhos e mocinhas praticando imbecilidades que a olhos normais seriam burrices óbvias. Mas quem sou eu né...isso já virou um clichê no cinema.
Bom, como balanço final achei o filme mediano. Sim, mediano, nada de tão espetacular. Promete uma história cheia de suspense e reviravoltas, mas o "recheio" do filme não é muito animador...posso até dizer que em muitas partes achei meio maçante e me perguntei quanto tempo faltava pra acabar. Tem alguns clichês, um efeito especial péééssimo em determinado momento, onde John tem uma alucinação, e só prometeu me prender, mas na verdade foi apenas como mais um filme.
Até entendo que o final possa parecer a muitos um desfecho incrível e inesperado...e realmente, não se esperava aquilo...mas gosto de finais felizes, não gosto nadinha de me envolver numa história que vai me deixar brava quando terminar. E foi o que aconteceu.
Que os mestres do cinema me desculpem, mas definitivamente este não é um dos melhores filmes já feitos mesmo. Posso dizer de cara pelo menos uma dúzia melhores.
Acho que vale assistir pelo conhecimento, afinal é realmente um clássico e marcou uma época, mas nada excepcional.



E ficamos por aqui hoje, geeks. Me desculpem pela demora, mas a internet me castigou esses últimos dois dias e ficou impossível postar qualquer coisa. Mas uma coisa eu digo...vocês nunca ficarão sem as postagens prometidas por nós! Então sempre aguardem, que ela virá...é nosso compromisso.
Comentários e sugestões, vocês já sabem, só deixar aqui embaixo.

Até a próxima e tchaaaau! ;)


Nenhum comentário :

Postar um comentário