Olááá, meus geeks mais queridos!
Tudo bem com vocês?
Quem aí está pronto pro resultado de mais uma semana do Projeto Blockbuster?
Desta vez resolvemos deixar as coisas bem leves e apostamos em duas comédias, coisa que eu adoro. Maaas, como vocês irão perceber, acabaram não sendo comédias tão leves rss.
O #morr sugeriu que assistíssemos dois filmes do Sacha Baron Cohen no papel principal (que por coincidência foram colocados na lista), conhecido comediante inglês que adora críticas ácidas nas suas atuações. Até o momento, eu não tinha conhecimento desse fato e fui na confiança descobrir do que se tratava.
Os filmes escolhidos foram "O Ditador" e "Borat", famosos pelas cenas icônicas do ator.
Essa semana também conseguimos assistir a um filme de fora da lista para a nossa sessão bônus! Eles são importantes para que eu não me atenha apenas aos filmes antigos e acabe me perdendo nas atualidades de cinema novamente hehe. Senão já viram...ano que vem eu acabo lançando o "Projeto Blockbuster 2.0" huahuahuahua
Mas enfim...chega de papo, né? Vamos ao primeiro!
- Título: O Ditador (Original: "The Dictator")
- Ano: 2012
- Gênero: Comédia
Sinopse: A heroica história do General Aladeen (Sacha Baron Cohen), ditador da República de Wadiya, localizada no norte da África. Ele dedica sua vida inteira a garantir que a democracia jamais chegue ao seu país, enquanto ergue estátuas em sua homenagem e cria seus próprios Jogos Olímpicos. Quando a comunidade internacional suspeita que Wadiya está construindo uma arma nuclear, ele é intimado a se explicar na sede da Organização das Nações Unidas, nos Estados Unidos. Mas seu encontro com a democracia americana não se passa exatamente como ele esperava... [fonte]
Trailer:
Opinião: Eu nunca havia visto um trabalho do Sacha Baron Cohen antes, mas pesquisando sobre o filme (coisa que sempre faço antes de escrever os artigos) descobri que a carreira de ator surgiu de seus personagens cômicos que apresentava em programas na tv, como Ali G e Borat. Formado em História, aprofundou sua pesquisa nas raízes dos preconceitos do mundo contemporâneo. Agora dá pra entender o porquê de todos os seus personagens serem parte de um enredo com temáticas de racismo e críticas à minorias.
E é isso que vemos em "O Ditador" com muita força: a história de um tirano ditador, Almirante General Aladeen, do país fictício de Wadiya, que assumiu o "trono" de seu pai, um temido líder, aos 7 anos e se sente na obrigação de continuar o que o progenitor começou em sua nação. Para isso, cria leis absurdas, Jogos Olímpicos e premiações que sempre acabam por favorecê-lo, pois ninguém pode superar o Líder Supremo, não aceita que nada ocorra fora do que deseja, mesmo que esteja errado, e manda "eliminar" quem o desagrada, podendo isso significar até mesmo um olhar torto ou alguém atrapalhando sua passagem.
Depois que Aladeen manda sua equipe projetar um novo armamento letal, ele é chamado a depor na Assembléia Geral da ONU nos Estados Unidos para esclarecimentos sobre seu programa nuclear e sobre os direitos humanos (ou a falta deles) na República de Wadiya. A partir desse momento começamos a ver com mais intensidade as críticas ao preconceito, com Aladeen chegando aos EUA e exteriorizando seus comentários racistas, misóginos e xenofóbicos perante o povo americano.
Não vou me ater à história, pois esse não é o objetivo, mas devo dizer que achei o filme bem interessante e bastante engraçado. O personagem de Sacha Cohen é bem usado para a crítica ao sistema de democracia, que aparenta ser "livre", mas, dependendo de quem o lidera, acaba se assemelhando a regimes como comunismo e a própria ditadura, mas muitas vezes não conseguimos enxergar. Isso fica nítido durante seu discurso no final do filme. Ao longo dos acontecimentos nos EUA e de novas descobertas, Aladeen vai se questionando sobre a sua liderança, se deve se reposicionar e se tal mudança não daria desgosto a seu falecido pai, a quem prometeu defender os valores do sistema de ditadura.
Apesar dos termos e comentários de cunho racista e de preconceito usados pelo protagonista ao longo de todo o filme (que notamos ir se amenizando no decorrer dos fatos, apesar de não sumir), acredito que não seja algo que tenha como princípio ofender ou denegrir as pessoas de determinada etnia, orientação ou costumes, longe disso! E sim apenas demonstrar quais eram os "valores" de Aladeen e como isso foi gerando um novo aprendizado a ele. Sendo assim, não considerei o filme de mal gosto ou ofensivo, apesar de algumas piadinhas de humor duvidoso, achei que coube no tipo do personagem e que isso não tira mérito algum do todo. É um filme bem engraçado e que vale ser assistido com a cabeça aberta.
Não considerei a obra como um "top melhores comédias" da vida, mas recomendo pra uma sessão da tarde ou domingo a noite.
[Continua! - Postagem 1/3]
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