[Continuando...]
Vamos de mais Sacha Baron Cohen?
Dessa vez, na pele do personagem que virou ícone da cultura pop e é reconhecido por muita gente pela sua exótica "roupa de banho" mostrada no filme logo nos primeiros minutos, o repórter Borat.
Fala sério...quem esqueceria uma visão dessas? Confira, só pra relembrar:
Destaque para as meias e sapato social, super moderno! |
Vai dizer que mesmo você que, como eu, nunca tinha assistido a esse filme, não conhece isso?
huahuahuahuahua
Depois dessa, vamos à ficha!
- Título: Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Original: "Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan")
- Ano: 2006
- Gênero: Comédia
Sinopse: Borat Sagdiyev (Sacha Baron Cohen) é um jornalista do Cazaquistão que resolve deixar o seu país e viajar para os Estados Unidos, com a intenção de fazer um filme documentário. Durante sua viagem pelo país, ele conhece pessoas reais que, ao reagir ao seu comportamento primitivo, expõem o preconceito e a hipocrisia existentes na cultura americana nos dias de hoje. [fonte]
Trailer:
Opinião: Eu estava com minha expectativa em alta para este filme, pois ouço falar dele desde seu lançamento que ocorreu há cerca de 10 anos! (gente, já? o.O)
Já vi muitas referências a esse filme, principalmente na internet, e cansei de ver fotos do famoso repórter na sua ainda mais famosa sunga verde (alguns diriam maiô, mas sei lá o que é aquilo na verdade rss).
Como se trata de Sacha Baron Cohen, todos já imaginam que a coisa será pesada e trará muitas críticas, disfarçadas em piadas nada sutis. Eu não conheço fora do filme (talvez alguém aqui já tenha visto algo), mas, para os que não sabem, o personagem de Borat já existia e era o protagonista de esquetes comandadas por Sacha em programas de tv e chegou até a ser confundido com um repórter de verdade algumas vezes.
Com a proposta de um filme sobre o personagem, algo de muito interessante foi pensado para dar vida a este projeto. Além de um enredo pré-preparado, eles filmariam situações reais com câmeras escondidas durante a estadia de Borat nos Estados Unidos. Sendo um personagem advindo do Oriente Médio e soltando suas faíscas de diálogo de preconceito/racista, o objetivo era captar o retorno dos americanos a essas pequenas provocações, gerando uma enorme onda de insultos, sustos, admiração e encontrando diversas pessoas que apoiavam tais ideias do personagem, tudo isso sem saber que estavam sendo filmadas! No final de tudo, é considerado por muitos como um filme-documentário, fazendo uma mistura de registro de fatos com um roteiro ficcional pra completar a história, que é simples.
O repórter Borat, morador de uma pequena e humilde vila do Cazaquistão, é enviado aos Estados Unidos para aprender mais de sua cultura, hábitos, costumes e retornar ao seu país com o objetivo de trazer melhorias para o seu povo natal. Logo nas primeiras noites instalado num hotel da Nova Iorque, ele assiste pela primeira vez ao seriado Baywatch ("S.O.S Malibu" no Brasil) e se apaixona pela salva-vidas protagonista, a famosa atriz Pamela Anderson. A partir de então, seu novo objetivo é cruzar o país em sua jornada de descobertas e reportagens, mas tendo como destino o estado da Califórnia, onde a atriz mora. Para isso, compra o carro mais barato que encontra numa loja: um carrinho de sorvetes.
Tudo isso teria tudo pra dar certo. Boa ideia dos roteiristas do filme, bom enredo, bom ator, história digna de uma comédia para morrer de rir. Mas vou ser sincera e dizer que fiquei completamente decepcionada com este filme.
O grande intuito do documentário era expor que nos EUA ainda há muita intolerância e preconceito, apesar de tudo ser muito bem mascarado e discreto, como em tantos outros países, até aqui no Brasil se formos pensar. Mas o resultado final, a meu ver, foi de um material odioso, de muito mal gosto, depreciativo e até bastante ofensivo. Em alguns momentos eu diria que foi mesmo nojento.
Ok, o filme era para mostrar pessoas reais reagindo a estímulos externos de preconceito e isso realmente aparece durante toda a obra. Mas, pra completar e "tentar" colocar a cereja no topo do bolo, as partes ficcionais escritas para o roteiro conseguiram ser ainda mais detestáveis. Borat traz consigo princípios e costumes que são o extremo oposto do que se está acostumado a ver, mas as cenas em que trata desses assuntos são muito forçadas e baixas. A noção do que é correto, os direitos de um homem e os direitos da mulher são completamente deturpados pelo seu discurso que diminui outras etnias, classes sociais, grupos sociais, orientação sexual, estilo de vida, crenças, a própria mulher e tantas outras coisas que aparecem ao longo da história. Em contrapartida, exalta aspectos negativos como o estupro, o domínio sobre a mulher, adultério, prostituição e incesto.
Em alguns raros momentos, tipo dois ou três, até dei umas risadinhas assim bem tímidas de uns trejeitos engraçados do protagonista, mas foi só. Na metade do filme já estava cansada de ver toda aquela barra sendo forçada e pensei sinceramente em nem ver o final, mas ia acabar contra os princípios do meu projeto e, além do mais, eu tinha que ter 100% de conhecimento pra passar minha reação pra vocês. Mas juro, se fosse algo avulso, visto por acaso, eu com certeza não teria visto até o fim, de tão desagradável.
Pra minha surpresa, vi que existem centenas de comentários positivos a respeito desse filme! Inclusive foi um incentivo a vê-lo. Existe a crítica negativa, mas é menor que aqueles que apoiam e dizem ser digno de Oscar.
Pra mim, só existem três tipos de pessoas que poderiam gostar disso:
1- As que são tão preconceituosas quanto as pessoas mostradas no filme, que acham essas atitudes engraçadas e legais;
2- As que querem pagar de "cult" e dizem que o objetivo de retratar a realidade do preconceito foi algo brilhante na história do cinema;
3- As que são babacas o suficiente pra rir de qualquer coisa que tente ser engraçado.
Há quem diga que Borat tem uma ideia semelhante a de "O Ditador" (pra quem não viu, é minha resenha anterior), mas eu discordo.
Eles tentam mostrar a mesma coisa? Mais ou menos e de formas diferentes. O que se parece é a mentalidade dos protagonistas, que são ambos racistas e preconceituosos, mas Aladeen trata disso de forma quase sutil, tendo aquilo apenas como algo pessoal, já Borat é exagerado e pesa tanto nos comentários que o que era pra ser engraçado, acaba gerando constrangimento. Cenas como quando ele e seu agente se hospedam na casa do casal judeu e depois o seu encontro com Pamela Anderson explicam bem isso que quero dizer.
Enfim....eu sei que essa minha opinião provavelmente vai desagradar a muitos, mas prefiro ser sincera a me fazer de cult cinematográfica por causa da maioria.
Não gostei e ponto, não recomendo e não pretendo ver de novo tão cedo!
[Continua! - Postagem 2/3]
Como se trata de Sacha Baron Cohen, todos já imaginam que a coisa será pesada e trará muitas críticas, disfarçadas em piadas nada sutis. Eu não conheço fora do filme (talvez alguém aqui já tenha visto algo), mas, para os que não sabem, o personagem de Borat já existia e era o protagonista de esquetes comandadas por Sacha em programas de tv e chegou até a ser confundido com um repórter de verdade algumas vezes.
Com a proposta de um filme sobre o personagem, algo de muito interessante foi pensado para dar vida a este projeto. Além de um enredo pré-preparado, eles filmariam situações reais com câmeras escondidas durante a estadia de Borat nos Estados Unidos. Sendo um personagem advindo do Oriente Médio e soltando suas faíscas de diálogo de preconceito/racista, o objetivo era captar o retorno dos americanos a essas pequenas provocações, gerando uma enorme onda de insultos, sustos, admiração e encontrando diversas pessoas que apoiavam tais ideias do personagem, tudo isso sem saber que estavam sendo filmadas! No final de tudo, é considerado por muitos como um filme-documentário, fazendo uma mistura de registro de fatos com um roteiro ficcional pra completar a história, que é simples.
O repórter Borat, morador de uma pequena e humilde vila do Cazaquistão, é enviado aos Estados Unidos para aprender mais de sua cultura, hábitos, costumes e retornar ao seu país com o objetivo de trazer melhorias para o seu povo natal. Logo nas primeiras noites instalado num hotel da Nova Iorque, ele assiste pela primeira vez ao seriado Baywatch ("S.O.S Malibu" no Brasil) e se apaixona pela salva-vidas protagonista, a famosa atriz Pamela Anderson. A partir de então, seu novo objetivo é cruzar o país em sua jornada de descobertas e reportagens, mas tendo como destino o estado da Califórnia, onde a atriz mora. Para isso, compra o carro mais barato que encontra numa loja: um carrinho de sorvetes.
Tudo isso teria tudo pra dar certo. Boa ideia dos roteiristas do filme, bom enredo, bom ator, história digna de uma comédia para morrer de rir. Mas vou ser sincera e dizer que fiquei completamente decepcionada com este filme.
O grande intuito do documentário era expor que nos EUA ainda há muita intolerância e preconceito, apesar de tudo ser muito bem mascarado e discreto, como em tantos outros países, até aqui no Brasil se formos pensar. Mas o resultado final, a meu ver, foi de um material odioso, de muito mal gosto, depreciativo e até bastante ofensivo. Em alguns momentos eu diria que foi mesmo nojento.
Ok, o filme era para mostrar pessoas reais reagindo a estímulos externos de preconceito e isso realmente aparece durante toda a obra. Mas, pra completar e "tentar" colocar a cereja no topo do bolo, as partes ficcionais escritas para o roteiro conseguiram ser ainda mais detestáveis. Borat traz consigo princípios e costumes que são o extremo oposto do que se está acostumado a ver, mas as cenas em que trata desses assuntos são muito forçadas e baixas. A noção do que é correto, os direitos de um homem e os direitos da mulher são completamente deturpados pelo seu discurso que diminui outras etnias, classes sociais, grupos sociais, orientação sexual, estilo de vida, crenças, a própria mulher e tantas outras coisas que aparecem ao longo da história. Em contrapartida, exalta aspectos negativos como o estupro, o domínio sobre a mulher, adultério, prostituição e incesto.
Em alguns raros momentos, tipo dois ou três, até dei umas risadinhas assim bem tímidas de uns trejeitos engraçados do protagonista, mas foi só. Na metade do filme já estava cansada de ver toda aquela barra sendo forçada e pensei sinceramente em nem ver o final, mas ia acabar contra os princípios do meu projeto e, além do mais, eu tinha que ter 100% de conhecimento pra passar minha reação pra vocês. Mas juro, se fosse algo avulso, visto por acaso, eu com certeza não teria visto até o fim, de tão desagradável.
Pra minha surpresa, vi que existem centenas de comentários positivos a respeito desse filme! Inclusive foi um incentivo a vê-lo. Existe a crítica negativa, mas é menor que aqueles que apoiam e dizem ser digno de Oscar.
Pra mim, só existem três tipos de pessoas que poderiam gostar disso:
1- As que são tão preconceituosas quanto as pessoas mostradas no filme, que acham essas atitudes engraçadas e legais;
2- As que querem pagar de "cult" e dizem que o objetivo de retratar a realidade do preconceito foi algo brilhante na história do cinema;
3- As que são babacas o suficiente pra rir de qualquer coisa que tente ser engraçado.
Há quem diga que Borat tem uma ideia semelhante a de "O Ditador" (pra quem não viu, é minha resenha anterior), mas eu discordo.
Eles tentam mostrar a mesma coisa? Mais ou menos e de formas diferentes. O que se parece é a mentalidade dos protagonistas, que são ambos racistas e preconceituosos, mas Aladeen trata disso de forma quase sutil, tendo aquilo apenas como algo pessoal, já Borat é exagerado e pesa tanto nos comentários que o que era pra ser engraçado, acaba gerando constrangimento. Cenas como quando ele e seu agente se hospedam na casa do casal judeu e depois o seu encontro com Pamela Anderson explicam bem isso que quero dizer.
Enfim....eu sei que essa minha opinião provavelmente vai desagradar a muitos, mas prefiro ser sincera a me fazer de cult cinematográfica por causa da maioria.
Não gostei e ponto, não recomendo e não pretendo ver de novo tão cedo!
[Continua! - Postagem 2/3]
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