terça-feira, 10 de maio de 2016

#ProjetoBlockbuster [Semana #7] - O Nevoeiro




[Continuando...]

Que tal foi nosso primeiro filme da semana? Tenso? Pois vejam esse.
"O Nevoeiro" é um famoso conto do nosso protagonista da semana, o autor Stephen King, que deu origem ao filme que vamos comentar abaixo e também dará vida a uma série de tv. Sim, pois já houve o aval do de King para que o conto seja adaptado em formato de série em breve, inclusive já estaria sendo escrita, segundo informações da internet.
Eu estava muito curiosa por este filme, pois vi que as opiniões a respeito dele são bem distintas, 8 ou 80, amor ou ódio total. E o que eu achei? Só lendo até o final pra saber!



  • Título: O Nevoeiro (Original: "The Mist")
  • Ano: 2007
  • Gênero: Terror / Ficção Científica




Sinopse: Depois que uma violenta tempestade devasta a cidade de Maine, David Drayton - um artista local - e seu filho de 8 anos correm para o mercado, antes que os suprimentos se esgotem. Porém, um estranho nevoeiro toma conta da cidade, deixando David e um grupo de pessoas presas no mercado - entre elas um cético forasteiro e uma fanática religiosa. David logo descobre que o nevoeiro esconde algo sobrenatural e que sair do mercado pode ser fatal. Mas conforme o grupo tenta desvendar o mistério, o caos se instala e fica evidente que as pessoas dentro do mercado podem tornar-se tão ameaçadoras quanto as criaturas do lado de fora. [fonte]


Trailer: 





Opinião: Há muito tempo "O Nevoeiro" me intriga. Muitos comentários, filme, projetos para série de tv...o que existe afinal dentro desse nevoeiro?? Pois eu descobri essa semana.
Certo dia, uma forte tempestade atinge a cidade de Maine e deixa um rastro de árvores quebradas e acidentes consideráveis dentre as vizinhanças, além de um denso nevoeiro ao longe. Com o receio de uma escassez de produtos, David vai até o supermercado próximo à cidade levando consigo o filho Billy, de 8 anos, e seu vizinho mal humorado de carona, Norman. Como esperado, o supermercado está lotado e as pessoas saem com suprimentos aos montes, causando um pequeno alvoroço.
Até aí tudo bem, tudo lindo...mas sempre tem aquele porém.
Um senhor surge do nada, com o rosto sangrando, dizendo que um conhecido foi tragado pelo nevoeiro e que todos correm perigo. Ninguém o leva a sério até notarem que o tal do nevoeiro avançou pela cidade e se aproxima à toda velocidade do supermercado. Portas são fechadas e dali a pouco pode-se ouvir baques e estouros, como se um onda tivesse atingido o local, tudo tremendo e despencando do teto e das prateleiras. Eis que surge nosso cenário do filme, que pouquíssimo muda durante o decorrer dos acontecimentos: um grande grupo de pessoas, presos em um supermercado, com criaturas desconhecidas do lado de fora, todos desesperados por sobrevivência.
Eu falei em criaturas, mas até então ninguém sabia ao certo do que se tratava, muitos pensavam que seria algo como um terremoto ou furacão apenas. Mas isso muda ao ponto que pessoas vão decidindo sair do local e são, quase que instantaneamente, atacadas e devoradas por estranhas criaturas, parecidas com insetos gigantes ou possuindo imensos tentáculos dentados.
Pronto, agora instala-se o caos completo. Após menos de 2 dias presos, todo o clima de compaixão, respeito e companheirismo que é visto no início dessa inesperada convivência perde-se praticamente por completo. As pessoas, que antes tentavam ao máximo ajudar uns aos outros, começam a se dividir em grupos menores e hostilizarem os demais, mesmo aqueles que tentam desvendar o que pode ser feito para o bem de todos. No meio dessa subdivisão, destaca-se a presença da Sra. Carmody, uma fanática religiosa muitíssimo fervorosa, que crê estarem sendo castigados por Deus e que ela seria a portadora da palavra Dele, tentando arrebanhar o máximo de "fiéis" que conseguir para livrar suas almas daquele estado de terror. Tanto faz, que em determinado momento a Sra. Carmody, depois de formar o seu "rebanho", começa a apontar alguns dos companheiros de confinamento como culpados e necessitados de serem castigados por eles e por Deus. E isso é pouco...as cenas de histeria e discursos da personagem são bastante intensos e, no meu caso, dignos de ódio suficiente para detestar a personagem. Não entendam como intolerância religiosa (longe disso!), mas a Sra. Carmody foi uma bela de uma aliciadora de mentes dentro do supermercado. Ela se aproveitou da fraqueza física e espiritual que as pessoas estavam vivendo para poder impor seu pensamento em nome de Deus, figura que comumente é adorada por uma vastidão de pessoas, ficando assim fácil para ela manipular suas mentes a seu favor. A atuação de Marcia Gay Harden para a personagem é incrível e isso fica óbvio quando chegamos a sentir ódio dela, tamanha a realidade que aquilo nos passa.
Como toda história precisa de um herói, nosso protagonista David assume esse papel, sendo sempre o destemido membro do grupo a ter ideias, liderar equipes de atividades e desbravar os cenários em busca de alguma solução para o bem comum. E tudo isso sem descuidar de seu pequeno filho, que passa grande parte do filme em choque com os acontecimentos.
Com o passar dos dias sem perspectiva de salvação ou do que poderia ser feito, instala-se a histeria coletiva, o individualismo e os instintos de sobrevivência afloram da maneira mais brutal possível naquelas pessoas. É possível notar muito delas no nosso cotidiano, nas nossas rodas sociais, até na nossa família ou local de trabalho. Pessoas desesperadas por algo, fazendo de tudo para ter privilégios ou melhores resultados do que os outros ao seu redor, a qualquer custo.
Nesse ponto, a guerra entre grupos já estava instaurada e não havia mais condições de coexistir naquele espaço tão pequeno. Uma decisão precisava ser tomada.
Esse filme nos mostra, além da ficção científica, como a convivência em sociedade pode ser difícil as vezes, com divergência de personalidades, crenças e ideais, além de nos fazer pensar em onde podemos chegar quando desejamos cumprir um objetivo, ou mesmo apenas sobreviver.
Achei um bom filme, bastante intrigante e cheio de suspense, você não vê de onde vêm as criaturas e fica se perguntando a todo momento sobre a origem do nevoeiro. Isso é explicado durante o filme, mas não vou contar pra manter o suspense de vocês.
Mas no final das contas acabei descobrindo o porquê de haver tantas críticas negativas e de ódio: o final. Pois é, ele não é convencional e nem agradável, diga-se de passagem. Eu mesma estava já em cólicas aguardando o que aconteceria no final com os personagens e com o tal do nevoeiro, até chegar ao final e querer gritar de desgosto por algo tão inesperado. Dormi aquela noite brava e decepcionada com o que tinha visto de desfecho do filme, até parar pra pensar melhor.
Ok, não foi bonito e nem legal o final escolhido para o filme (que eu li por aí que é diferente do livro, fiquei curiosa!), mas acabou combinando com o clima de desespero e terror criados ao longo do filme, podem crer. Claro que não vou dizer o que é, mas tentem ver o outro lado da moeda quando forem assistir. Este é o tipo de atitude que faz Stephen King ser ovacionado na atualidade, sua forma irreverente e inesperada de fazer terror com as situações mais inusitadas possíveis. Quem me dera ser King para entender o que se passa dento daquela cabeça!
Mas mesmo assim, pelo meu lado que é bem mais emocional do que feito de fatos, ainda não me conformei com esse final e acho que não será tão cedo. Apesar disso, entendo o que quis ser exposto tem a ver com a temática como um todo e com desespero aliado de instinto.
Posso dizer, no geral, que gostei bastante do filme, com exceção ao final. Pra mim, eles têm de ser felizes, não tem jeito!


E é isso, meus amigos...
Esse foi nosso tema da semana com mais dois títulos da nossa lista do Projeto Blockbuster.
Nos vemos semana que vem? Te espero, heim!

Espero que tenham gostado e que continuem a dar suas opiniões aqui e na nossa página do Facebook.

Até a próxima e tchaaaaau! ;)


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