terça-feira, 10 de maio de 2016

#ProjetoBlockbuster [Semana #7] - Louca Obsessão




Olááá, amigos geeks!
Como estão todos?

Preparados para mais uma semana de Projeto Blockbuster? Melhor estarem , porque o tema de hoje é ligeiramente tenso!
Escolhemos dois filmes baseados em livros de Stephen King, um dos grandes mestres da literatura de terror/suspense/horror. Se o nome lhe falhar à memória, é só procurar pelos títulos que já foram lançados pelo escritor ou pelas adaptações deles ao cinema, que com certeza você irá se deparar com algo conhecido! Arrisco dizer isso porque King já soma mais de 40 livros publicados, isso sem mencionar os livros de contos, os escritos sob o pseudônimo de Richard Bachman no início de sua carreira e os livros da série "A Torre Negra", que somam mais 8. Se formos falar de adaptações para filme, são quase 60, além das séries televisivas baseadas em seus romances e contos.
Ufa! Haja inspiração! E isso só pra vocês sentirem um gostinho do que é o talento desse homem.
Como nem deu pra perceber que eu adoro Stephen King, - ahh vá! jura?- selecionei dois de seus filmes que eu ainda não conhecia para mostrar hoje. E a quem interessar saber mais sobre ele, o primeiríssimo filme escolhido para o início do Projeto aqui no blog é uma adaptação de um de seus maiores sucessos literários, "O Iluminado" (clique aqui para ver), e também temos uma postagem sobre "A Torre Negra" (clique aqui). Divirtam-se! ;)

Vamos ao primeiro de hoje?



  • Título: Louca Obsessão (Original: "Misery")
  • Ano: 1990
  • Gênero: Suspense / Drama






Sinopse: O famoso escritor Paul Sheldon (James Caan) sofre um acidente de carro e é socorrido pela enfermeira Annie (Kathy Bates), que afirma ser sua fã número um. Ela o leva para sua isolada casa e cuida de sua saúde, mas um dia acaba tendo acesso aos originais do próximo livro do escritor e descobre que sua personagem predileta será morta. Essa revelação faz com que sua personalidade doentia se revele e Sheldon se vê à mercê das loucuras da admiradora. [fonte]


Trailer:





Opinião: Não sei explicar como Stephen King consegue criar personagens tão doidos e psicopatas, sério! Depois de Jack Terrence de "O Iluminado", pensei que seria difícil ver outro de seus "vilões" ser tão incrivelmente maluco. Mas calma, vamos aos fatos.
O filme conta a história do escritor Paul Sheldon (sim, é uma homenagem ao escritor Sidney Sheldon), que vive o ápice de seus carreira graças à sua personagem Misery, a protagonista de uma série de livros que vem escrevendo nos últimos anos. Porém, determinado a encerrar a história para tomar novos rumos na sua escrita, escreve o último livro da série, onde sua famosa Misery morre. A caminho do escritório de sua agente, junto da única cópia do escrito, ele acaba sofrendo um grave acidente de carro devido uma nevasca. Acaba sendo encontrado por uma senhora que o retira do carro e o leva para sua casa e, ao acordar, Paul se dá conta do resultado do acidente: as duas pernas quebradas, um ombro deslocado e várias contusões pelo corpo. A mulher, chamada Annie Wilkes, revela ser sua fã número 1 e ainda por cima enfermeira, se dizendo privilegiada pela oportunidade de cuidar de seu escritor favorito até que este possa ser levado ao hospital, depois das estradas serem reabertas com a retirada da neve. Em retribuição aos cuidados da enfermeira, Paul autoriza que ela leia seu novo livro antes da publicação e ela fica radiante de felicidade.
Acontece que a tal da reabertura das estradas nunca acontece e o telefone nunca funciona, pois mesmo após a insistência de Paul em ter contato com a filha e com sua agente, Annie parece só criar desculpas para que nada dê certo. E é após alguns dias de recuperação que Paul começa a cobrá-la sobre ir embora, mas algo começa a mudar na atitude de Annie, que se mostra facilmente irritável e com atitudes estranhas do seu habitual, doce e prestativa.
Um dia, durante a noite, a enfermeira entra no quanto de Paul completamente transtornada, gritando e esbravejando de ódio por ter descoberto que sua personagem favorita, Misery, morreria no próximo livro publicado do autor. Aí, meus amigos, a coisa fica feia! Annie grita, quebra coisas em cima de Paul, arremessa objetos pelo quarto, além de revelar que nunca tentou contato com nenhum conhecido seu e que ele ficaria lá enquanto ela quisesse. Uma cena forte e muito sinistra!
A partir desse acontecimento, é melhor ter coração forte. Porque Annie parece assumir neste momento uma dupla personalidade, em certos momentos tratando Paul com todo esmero e carinho, outras vezes gritando e tendo surtos tipicamente psicopatas. Ela o obriga a queimar sua única cópia do livro recém escrito e a escrever um novo sob sua supervisão, onde Misery continuasse viva. Os detalhes sobre este meio tempo eu não vou descrever para não queimar a expectativa de quem ainda não viu o filme, mas a coisa não é bonita. Annie tem altos e baixos de personalidade e humor, mas sua prioridade é fazer de tudo, tudo MESMO, para que seu amado escritor não se recupere tão cedo e não tenha como ir embora. Para isso ela usa dos métodos mais maldosos possíveis de abuso e tortura, tanto física quanto psicológica, e o faz sofrer muito com o seu jeito psicopata de demonstrar o imenso amor e que tem por ele, além do apego que desenvolveu por tê-lo ali em sua casa. Isso retrata bem os casos de amor doentio e as eventuais consequências desse tipo de envolvimento. O grande problema de Paul é justamente ele não tem condições físicas de se defender ou fugir ou qualquer coisa, principalmente por conta das pernas quebradas que dificultam, e muito, a sua locomoção. O cara é esperto e até traça planos bem interessantes pra se livrar dos "cuidados" de Annie, mas a mulher é fogo! Sempre dá algo errado. E quando ela percebe a sua melhora....pobre coitado...pois ela logo trata de reverter essa melhora, e beem no mal sentido da coisa. Pra piorar, a coisa fica bem mais tensa pro lado de Paul quando a enfermeira percebe que a polícia está atrás dele e começam a rondar a casa.
O filme é bem angustiante, te faz morrer de dó de Paul e torcer por ele, te faz amaldiçoar e odiar a louca da Annie. A atuação de Kathy Bates no papel da enfermeira psicopata e com sérios problemas de personalidade é impecável e assustadoramente incrível! Não há brechas pra perceber que aquilo é atuação, ela é muito natural e convence nas suas duas formas: senhora bondosa e problemática descompensada. Não é por menos que levou o prêmio daquele ano do Oscar de melhor atriz, e eu achei muitíssimo merecido. Uma atuação assombrosa, no bom e mal sentido da palavra rss.
Vale muito a pena ver o filme, apesar de as vezes ter de fechar os olhos pra não ver alguma maldade cabulosa da moça. Só pra complementar, dizem que o livro é muito pior em cenas de pavor e tortura, então estejam preparados psicologicamente rss. Eu nunca li, mas "Misery" é considerado uma das obras mais pesadas de Stephen King, com uma das melhores vilãs já criadas pelo autor.
Recomendo bastante!


[Continua! - Postagem 1/2]


Nenhum comentário :

Postar um comentário